quarta-feira, fevereiro 29, 2012

Acertar Ecostress ficou ainda mais fácil

Use of an automatic application for wall motion classification based on longitudinal strain: is it affected by operator expertise in echocardiography? A multicentre study by the Israeli Echocardiography Research Group
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Eur J Echocardiogr (2011)
doi: 10.1093/ejechocard/jer182
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Methods and results We compared the WM classifications obtained by the application when used by 12 highly experienced readers (Exp-R) vs. 11 inexperienced readers (InExp-R). Both classifications were compared with expert consensus classifications using the standard visual method. Digitized clips of cardiac cycles from three apical views in 105 patients were used for these analyses. Reproducibility of both groups was high (overall intra-class correlation coefficient: InExp-R = 0.89, Exp-R = 0.83); the lowest was noted for hypokinetic segments (InExp-R = 0.79, Exp-R = 0.72). InExp-R scores were concordant with Exp-R mode scores in 88.8% of segments; they were overestimated in 5.8% and underestimated in 3.2%. The sensitivity, specificity, and accuracy of InExp-R vs. Exp-R for classifying segments as normal/abnormal were identical (87, 85, and 86%, respectively).

Conclusion Classification of WM from apical views with an automatic application based on longitudinal 2D strain by InExp-R vs. Exp-R was similar to visual classification by Exp-R. This application may be useful for inexperienced echocardiographers/technicians and may serve as an automated ‘second opinion’ for experienced echocardiographers.
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Strain 2d transforma ecocardiografista inexperiente em sábio do ecostress!
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Estudo demonstra que utilizar o Strain longitudinal dá uma força para quem não têm experiência e acaba acertando o mesmo que os velhos conhecidos do método.

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E se usar o aprendizado Echotalk de espaço negativo vai acertar 100%...
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segunda-feira, fevereiro 27, 2012

Anatomia vs Memória: Exame Transesofágico

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Site muito bom(Memorização).
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O jornalista Paulo Francis dizia que tem pessoas que entendem de tudo um pouco, mas nada em especial.
Para não cair nessa classificação, procuro e evito comentar exames transesofágicos.
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Por 2 motivos não sou adepto do método, apesar de realizá-lo com frequência:
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1- É desconfortável para o paciente, frequentemente laivos de sangue são encontrados no transdutor, a sedação têm seus riscos e o jejum incomoda. Fora riscos de quebrar a sonda.
Só mesmo se for essencial para o tratamento!
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2- Apesar de ser comparado à endoscopia, não têm nada a ver. A endoscopia usa a ótica e visão direta, o que é bem mais rico e confiável que o espectro do ultra-som. E também possibilita a intervenção e tratamento direto, algo inexistente no eco.
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Quando vejo livros textos ou mesmo sites como o indicado acima, fico intrigado com o método de "memorização" empregado.
Ensinam a decorar posições e imagens. Ângulos são tratados com máximas de aprendizado.
Usam a didática do livro abaixo.

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Não seria melhor usar a anatomia de referência? Lembrar que fica tudo de trás para frente e usar os achados anatômicos para "passear" pelo coração?
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domingo, fevereiro 26, 2012

Vscan na Embolia

Paciente de 4o anos com prótese biológica Mitral deu entrada no PS com Dispnéia acentuada e evoluiu com hipotensão.
Vídeos feitos com o Vscan no PS:
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A valva pulmonar nem abre mais na sístole. Muito reflui para o átrio direito.

sexta-feira, fevereiro 24, 2012

Exemplos de deformação

Deformação com a rotação

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Deformação radial

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Deformação longitudinal

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Torção

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Ajudou???
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Peço uma RM ou peço um ecocardiografista mais empenhado?

História:
Residente fazendo um exame de paciente masculino de 60 anos com história de massa mediastinal mal avaliada na tomografia pois evitaram usar contraste por insuficiência renal.
- Professor, esse caso foi encaminhado ao Eco mas não tem o que fazer, não têm janela!
- Deviam ter pedido a RM direto!!!!
Realmente, a janela paraesternal era inacessível. A apical foi difícil de encontrar mas revelou as imagens abaixo.
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Receita para matar um método diagnóstico:
O REALIZADOR do exame não acredita no método!
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Na Europa, pelo que vejo nos congressos, um caso que exija pensamento elaborado é abandonado...Peça uma RM ou Tomo! Grita o ecocardiografista sem capacitação.
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Bom, ai está o diagnóstico de tumor no ventrículo esquerdo feito por um método Jurássico como o ecocardiograma transtorácico.
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quinta-feira, fevereiro 23, 2012

quarta-feira, fevereiro 22, 2012

Disfunção diastólica: Vale a pena acompanhar.

Aqui
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Impact of Progression of Diastolic Dysfunction on Mortality in Patients With Normal Ejection Fraction
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Circulation.
2012; 125: 782-788
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A total of 1065 outpatients were identified (mean±SD age, 67.9±13.9 years; 58% male). Baseline diastolic dysfunction was present in 770 patients (72.3%), with mild being the most prevalent. On follow-up testing (mean±SD, 1.1±0.4 years), 783 patients (73%) had stable, 168 (16%) had worsening, and 114 (11%) had improved baseline diastolic function. Eighty-eight patients (8.3%) had a decrease in left ventricular ejection fraction to <55% and were more likely to have advanced diastolic dysfunction (P=0.002). After a mean±SD follow-up (from the second study) of 1.6±0.8 years, 142 patients (13%) died. On multivariate analysis, a decrease in left ventricular ejection fraction to <55% and any worsening of diastolic function were independently associated with increased risk of mortality . Conclusion—In patients with normal baseline left ventricular ejection fraction, worsening of diastolic function is an independent predictor of mortality. .


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Estudo avalia o valor dos parâmetros diastólicos no seguimento de pacientes com fração de ejeção preservada.
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quarta-feira, fevereiro 15, 2012

Mixoma: 2D, 3D e 4D: Exercício de 3D para mentes 2D.

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Veja o filme
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Veja o filme 3D.
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Vendo só o filme 2D, ficou alguma dúvida?
Nada...
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Caso o filme fosse apenas assim:
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O diagnóstico seria o mesmo.
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Então, para valorizar o 3D e apagar da nossa racionalidade o 2D, as apresentações e exames devem ser apenas com:

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Exercício:
Assista agora todos os vídeos e antes de começar, oculte as figuras 2D com um papel e assista apenas e unicamente as imagens 3D
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VOILÁ!!!!!
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M. Subaórtica: 2D, 3D e 4D


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Veja o filme 2D
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Veja os filme 3D
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Qual a conclusão?
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A análise pelo 3D é indispensável?
Não parece.
E assim caminha o 3D. Até em demonstrações positivas e bem intencionadas como essa, a valorização do método não ocorre.
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O 3D precisa se tornar independente e superior ao 2D.
Ou passar a custa 50 mil...
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Uma coisa ou outra!
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sexta-feira, fevereiro 10, 2012

Prova do título: A EchoTalk dá uma ajudinha


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Aqui, aulas do curso preparatório.
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Bons estudos.
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Você vê diferença entre esses dois aparelhos? O Ecostress não.

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Aparelho usado em muitas das publicações iniciais, com imagem básica.



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Aparelho topo de linha usado nas publicações recentes.

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Veja algumas publicações separadas por dez, vinte anos, com praticamente a mesma sensibilidade do Ecostress para coronariopatia significativa:


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Uéee, mas não é a definição de borda que faz um Ecostress funcionar?!?!?!?!
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Veja o que dizem as publicações ao longo do tempo:

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Então não deve ser a definição de borda o fator predominante para acertar um disgnóstico de contratilidade...
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segunda-feira, fevereiro 06, 2012

O velho e bom volume do átrio esquerdo



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Medida do Átrio Esquerdo em Pacientes com Suspeita de
Insuficiência Cardíaca com Fração de Ejeção Normal

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Antonio José Lagoeiro Jorge, Mario Luiz Ribeiro, Maria Luiza Garcia Rosa, Fernanda Volponi Licio, Luiz Cláudio Maluhy Fernandes, Pedro Gemal Lanzieri,Bruno Afonso Lagoeiro Jorge,Flavia Oliveira Xavier Brito, Evandro Tinoco Mesquita
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Resultados: A função diastólica, avaliada pelo ecodopplercardiograma, mostrou diferença significativa entre os dois grupos em relação aos parâmetros que avaliaram o relaxamento ventricular (E’ 6,9 ± 2,0 cm/s vs. 9,3 ± 2,5 cm/s – p < 0,0001) e a pressão de enchimento do VE (relação E/E’ 15,2 ± 6,4 vs. 7,6 ± 2,2 – p < 0,0001). O ponto de corte do volume do AE indexado (VAE-I) de 35 mL/m2 foi o que melhor se correlacionou com o diagnóstico de
ICFEN, demonstrando sensibilidade de 83%, especificidade de 83% e acurácia de 83%. Já o ponto de corte do diâmetro ântero-posterior do AE indexado (DAE-I) de 2,4 cm/m2 apresentava sensibilidade de 71%, especificidade de 66% e acurácia de 67%.
Conclusão: Para o diagnóstico de ICFEN em pacientes ambulatoriais, o VAE-I é o método mais acurado em comparação ao DAE-I. Na avaliação ecocardiográfica, a medida do tamanho do AE deveria ser substituída pela medida indexada do volume.
(Arq Bras Cardiol 2012;98(2):175-181)

Pressão no AE: pegue a onda E e divida pela mistura de e' com S' .



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Quando o refluxo mitral é acentuado, a relação E/e' não é tão boa para identificar pressões atriais acima de 15 mmHg.
Use a fórmula proposta.

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Portal da SBC vira uma gincana de programação

Agora para acessar a página de revistas internacionais da SBC é preciso ser técnico de computação.

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Tendo um Mac, como eu, você deve seguir o manual a seguir:
Aqui, acredite se quiser!
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Será que algum ser humano normal checou isso antes de colocar no ar ou foi direto dos "nerds" para a página?
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E quem só paga a anuidade pela facilidade do acesso as revistas terá seu dinheiro devolvido?
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sexta-feira, fevereiro 03, 2012

Recordar é preciso - Convidados: Vegetações


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O ecocardiograma transtorácico passo a passo na avaliação de uma vegetação na endocardite infecciosa:

- Avaliação da vegetação com zoom e sem harmónica;
- Localização das vegetações (confirmar nas outras válvulas e endocardio em geral);
- Tamanho, mobilidade e número total de vegetações;
- Analisar os contornos (definidos?, aspecto fascicular?, friável?);
- Vegetação calcificada? (que sugere antiga vegetação "ativa");
- Quantificar a regurgitação valvular e a repercussão hemodinâmica da mesma (Aumento das cavidades a montante? Função sistólica hiperdinâmica? Hipertensão pulmonar?);
- Pesquisar por possíveis abcessos.


Enviado por Dra. Ana Feijão.

Eco sem dor mas com memória: Post-systolic shortening

Assessment of Myocardial Ischemic Memory Using Speckle Tracking Echocardiography
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J Am Coll Cardiol Img, 2012; 5:1-11
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Myocardial ischemic memory imaging, denoting the visualization of abnormalities provoked by ischemia and sustained even after restoration of perfusion, can convey important clinical information. We previously reported that post-systolic shortening (PSS) remains in the risk area after recovery from brief ischemia
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Results: Peak systolic strain, end-systolic strain, and peak systolic strain rate decreased in the risk area during occlusion but recovered to the baseline level immediately after reperfusion. Strain rate during early diastole decreased during occlusion; however, the decrease did not persist after reperfusion. Post-systolic strain index (PSI) and time-to-peak strain index, which are parameters of PSS, increased during occlusion. These increases persisted until 10 to 20 min after reperfusion (circumferential PSI: 0.02 ± 0.04 [baseline] vs. 0.08 ± 0.04 [20 min], p < 0.05). SI-DI did not show a significant change during occlusion because of a large variation. Conclusions: Although abnormalities of PSS-related parameters alone persisted after recovery from 2-min occlusion, abnormalities of other deformation parameters, such as strain rate during early diastole, did not. These data suggest that assessment of PSS by speckle tracking echocardiography is useful for detecting myocardial ischemic memory. . . . ....................................................................................................................................................................................... O ecocardiograma em vigência de dor precordial é imbatível na sensibilidade, rapidez e custo.
Mas sem dor, o uso era restrito.
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Estudo experimental constrói as bases para uso do STRAIN na avaliação de pacientes com dor precordial que se apresentem após a resolução da dor.
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quinta-feira, fevereiro 02, 2012

Está na hora de procurar outro ramo de atuação?


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No ano passado, um colega (?) ecocardiografista aceitou 44 reais por Eco em uma concorrência da prefeitura.
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O melhor convênio de Campinas paga 126 reais, no máximo, e 96 reais em 20% dos casos.
O pior convênio, com 100 mil vidas, paga 76 reais.
A nova tabela CBHPM sugere 202 reais e poucos aplicam.
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Na UNIMED daqui, falam do exame de Eco como se fosse a causa do CH baixo. Antes era a Oncologia, depois foi a Radiologia, agora é o Eco.
Quando o negócio é mal administrado, até crise na Rússia afeta os ganhos!
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Em 1997, um Ecocardiograma valia o equivalente a 180 dólares. Hoje seria algo em torno de 320 reais.
O melhor pagamento então fica hoje em 70 dólares.
Pode-se considerar que o aparelho de Eco era vendido por 100 mil dólares e hoje custa 55 mil dólares.
Isso justificaria um valor de Eco de 100 dólares, ou 180 reais.
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Fazendo um paralelo, o aparelho de ECG custa 3 mil reais e recebe 16 por exame. Caso isso fosse aplicado ao Eco, o exame de ecocardiografia receberia aproximadamente 530 reais. E ainda pode ser feito por um técnico.
É melhor negócio fazer ECG do que Eco?
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Um aparelho de Holter custa 5 mil e recebe 100 reais por exame. É só um por dia, mas seria como se o Eco recebesse 320 reais por exame.
É melhor negócio ter 20 aparelhos de Holter do que um de Eco?
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Tem um leitor que sugeriu mudarmos para o ramo de roupas de moda.
Na foto acima, vemos que mudar de ramo é uma opção! rsrs
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quarta-feira, fevereiro 01, 2012

Torção e sua interpretação.

Measurement of Ventricular Torsion by Two-Dimensional Ultrasound Speckle Tracking Imaging
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Artigo completo e livre.
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METHODS: We acquired basal and apical short-axis left ventricular (LV) images in 15 patients to estimate LVtor by STI and compare it with tagged MRI and DTI. Left ventricular torsion was defined as the net difference of LV rotation at the basal and apical planes. For the STI analysis, we used high-frame (104 ± 12 frames/s) second harmonic two-dimensional images.

RESULTS: Data on 13 of 15 patients were usable for STI analysis, and LVtor profile estimated by STI strongly correlated with those by tagged MRI (y = 0.95x + 0.19, r = 0.93, p < 0.0001, analyzed by repeated-measures regression models). The STI torsional velocity profile also correlated well with that by the DTI method (y = 0.79x + 2.4, r = 0.76, p < 0.0001, by repeated-measures regression models) with acceptable bias. . . . Primeiro, veja os movimentos horários e anti das porções basais e apicais:

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Agora acompanhe um ponto e veja como ele se move no eixo:
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Tudo que se move, tem deslocamento e velocidade a serem medidos(Que pode ser positivo ou negativo):
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J Am Coll Cardiol, 2005; 45:2034-2041, doi:10.1016/j.jacc.2005.02.082