sexta-feira, setembro 30, 2011

Dobutamina e o Takotsubo

Dobutamine-Precipitated Takotsubo Cardiomyopathy Mimicking Acute Myocardial Infarction
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A 77-year-old woman was referred for a dobutamine stress test. She had a prior history of hypertension. Basal ECG was normal (Figure 1A). At 40 μg · kg−1 · min−1 she developed typical chest pain with ST-segment elevation in DI, DII, and the anterior leads with ventricular bigeminy (Figure 1B and 1C). The echocardiogram showed apical and mid-wall myocardial segment akinesis with basal hyperkinesis and left outflow tract gradient obstruction of 60 mm Hg. The ejection fraction was estimated to be 34%, and severe mitral regurgitation was found with no organic valvular disease (Figure 2 and Movie I in the online-only Data Supplement). Troponin I, creatinine kinase, and brain natriuretic peptide levels were 2.4 ng/dL (normal value, <0.04 ng/dL), 80 mg/dL (within normal range), and 928 pg/dL, respectively. . Um caso de Takotsubo muito bem documentado durante o stress com dobutamina. Sem placas significativas ao cateterismo e recuperação total em 7 dias. Lança uma luz sobre a fisiopatologia da doença e do poder da droga inotrópica que usamos à vontade na cardiologia.
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Comprovado: .Ecostress farmacológico dá sono no examinador!


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O primeiro curso de ecostress farmacológico da EchoTalk comprovou:
- Não existe exame que dê mais sono no examinador!
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40 minutos de tédio. Nada acontece. Mesmo no exame positivo, as alterações do espaço negativo saltam aos olhos sonolentos e o paciente relata desconforto respiratório.
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O uso é adequado em pacientes com limitações motoras, mas sugiro um Flying horse no começo da rotina! rsrs
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Vscan: Em mãos.


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Fácil de transportar. Realmente cabe no bolso do jaleco ou na simpática bolsa.
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Simples e compacto. Você carrega apenas os itens que interessam para o uso. Feito para andar pelos corredores e consultórios.
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Abriu, funciona!. Sem a espera comum de inicialização dos aparelhos convencionais, tipo um ipad.
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quarta-feira, setembro 28, 2011

Quem quer um Vscan?

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É fato:
Locais onde o Vscan é utilizado mantiveram ou aumentaram o números de pedidos de ecocardiograma com Doppler completo.
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Nenhum ecocardiografista perderá o emprego e muitos trabalharão mais!
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Funciona assim.
No exame físico do paciente, o Vscan é usado para confirmar as dimensões e sopros encontrados à palpação e ausculta. Depois do ECG, o pedido de ecocardiograma com Doppler é formalizado.
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Ecg, RX e Vscan, analisados por cardiologistas.
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Ecocardiograma completo realizado por ecocardiografistas.
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Chutando alto, são 15 000 cardiologistas no Brasil, ou mais. E para eles, 1200 ecocardiografistas.
Fica claro que faltarão ecocardiografistas também nas capitais.
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Quem pagará o exame?
Os mesmos que pagam o ECG e o RX!
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Claro que dependeria de uma atuação da SBC e DIC.
Mas aí, tem que ter fé!
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A invasão de Campinas



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A cooperativa de Campinas sempre dominou o mercado de medicina na região. Com participação variando entre 50% e 70% dos usuários.
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Agora chegou a hora de provar sua competência.
3 grandes empresas de convênios se aliaram para penetrarem no mercado.
Uma concorrerá diretamente, comprando um hospital de porte e montando unidades de Blindex.
Outra fará o meio termo, com hospitais mais simples e planos mais em conta.
A terceira fará o baixo preço e no momento constrói seu próprio hospital e contrata médicos por hora.
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Atacam diretamente nas pessoas jurídicas, onde o preço é o mais importante e acordos com os diretores podem ser feitos com planos de elite. A opinião do funcionário tem pouco peso.
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Por outro lado, 2 grandes grupos de medicina diagnóstica disputam os primeiros espaços na região. O maior, há anos busca um parceiro regional. O outro, instalou-se na cidade timidamente mas agora abriu capital, captou muitos recursos e virá para valer.
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Enquanto isso, os cooperados apertam seus custos para manter a renda. Vários contam com a demanda reprimida para sempre e não modernizam suas instalações e atendimento.
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É um momento realmente diferente na região.
E os dados ainda estão rolando sobre o tabuleiro...
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terça-feira, setembro 27, 2011

Cardiomegalia?





Interessante relato de caso do pessoal da ATRIUM de Cuiabá.
Às vezes esquecemos, mas gordura epicárdica também explica aumento da área cardíaca ao RX de Tórax.
E nós sempre jogamos a culpa só nos técnicos de RX...

segunda-feira, setembro 26, 2011

Vaso que nasce torto...



Geometry of the Carotid Bifurcation Predicts Its Exposure to Disturbed Flow
Sang-Wook Lee, PhD; Luca Antiga, PhD; J. David Spence, MD; David A. Steinman, PhD

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Background and Purpose— That certain vessels might be at so-called geometric risk of atherosclerosis rests on assumptions of wide interindividual variations in disturbed flow and of a direct relationship between disturbed flow and lumen geometry. In testing these often-implicit assumptions, the present study aimed to determine whether investigations of local risk factors in atherosclerosis can indeed rely on surrogate geometric markers of disturbed flow.

Methods— Computational fluid dynamics simulations were performed on carotid bifurcation geometries derived from MRI of 25 young adults. Disturbed flow was quantified as the surface area exposed to low and oscillatory shear beyond objectively-defined thresholds. Interindividual variations in disturbed flow were contextualized with respect to effects of uncertainties in imaging and geometric reconstruction. Relationships between disturbed flow and various geometric factors were tested via multiple regression.

Results— Relatively wide variations in disturbed flow were observed among the 50 vessels. Multiple regression revealed a significant (P<0.002) relationship between disturbed flow and both proximal area ratio (β≈0.5) and bifurcation tortuosity (β≈−0.4), but not bifurcation angle, planarity, or distal area ratio. These findings were shown to be insensitive to assumptions about the flow conditions and to the choice of disturbed flow indicator and threshold.

Conclusions— Certain geometric features of the young adult carotid bifurcation are robust surrogate markers of its exposure to disturbed flow. It may therefore be reasonable to consider large-scale retrospective or prospective imaging studies of local risk factors for atherosclerosis without the need for time-consuming and expensive flow imaging or CFD studies.
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Quando você realiza um número grande de exames das carótidas (milhares), percebe que nenhuma é igual.
Mas dentro de limites, alguns grupos são facilmente separados:
Os com bulbos mais craniais os outros.
Indivíduos com bulbo "alto", apresentam angulos maiores entre a Interna e a comum. Quando o bulbo é mais "baixo", o angulo pode ser minimo ou até zero.
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Bifurcações com angulos maiores, favorecem turbulência e alterações no "shear stress", o que poderia implicar em fator local significativo para Ateromatose.
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Mas vemos pelo artigo acima que a dúvida permanece.
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Princípio de Bernoulli


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Baixo fluxo, alto fluxo e o espessamento.



Methods and Results— The left external and internal carotid branches were ligated so that left carotid blood flow was reduced to flow via the occipital artery. In response to partial ligation of the left carotid artery (LCA), blood flow significantly decreased (−90%) in the LCA and increased (+70%) in the right carotid artery (RCA). Morphometry showed that both RCA and LCA underwent outward remodeling that was maximal at one week. Remodeling was greater in the RCA with predominantly increased lumen and very little increase in media or adventitia. In the LCA there was a dramatic increase in media with adventitia growth and intima formation. Correlation analysis indicated that the outward remodeling was more likely due to primary changes in the vessel wall rather than to changes in the lumen, such as shear stress.
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Arterioscler Thromb Vasc Biol.
December 1, 2003 vol. 23 no. 12 2185-2191
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Artéria submetida a baixo fluxo apresenta espessamento da IMT. Contralateral, o efeito é de alto fluxo e sem aumento do IMT.
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Apesar de usar cobaias, estudo de 2003 levanta hipóteses interessantes sobre o mecanismo de espessamento da carótida.
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Hora de votar.

sexta-feira, setembro 23, 2011

Não compactação do ventrículo ou compactação?


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Nem com ecocardiografia com contraste, a chamada Ressonância de Consultório, eles acertam o diagnóstico!!!
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Veja abaixo um caso verdadeiro:
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Casa de ferreiro, espeto de pau! EchoTalk dá curso de ecostress farmacológico!!!


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Em sua cruzada nacional pelo Eco de Esforço, nunca a EchoTalk renegou o uso do farmacológico em pacientes com limitações.
Mas não dávamos curso por não termos uma unidade hospitalar adequada, apenas o HC.
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Sugeríamos aos alunos que procurassem a Ana Camarozano, que estaria de muito bom tamanho.
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Mas agora estamos no hospital do coração de Campinas e fazemos 10 Ecostress farmacológicos por semana.
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E a EchoTalk ouve seus alunos.
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Semana que vem faremos a primeira turma com o absurdo número, para os padrões EchoTalk, de 2 alunos por professor!!!
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Como fazemos? Fazemos certo.

Diâmetro do Átrio Esquerdo: Ainda vale.

Left Atrial Size Is a Potent Predictor of Mortality in Mitral Regurgitation Due to Flail Leaflets
Results From a Large International Multicenter Study

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Conclusions—In MR caused by flail leaflets, LA diameter ≥55 mm is associated with increased mortality under medical treatment, independent of the presence of symptoms or left ventricular dysfunction.
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LA diameter was measured in M-mode at end-systole in the parasternal long-axis view, according to the method proposed by the American Society of Echocardiography
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É incrível que ainda hoje, uma medida primitiva e sujeita a erros como o diâmetro do AE, seja usada e ainda tenha grande significância!
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Mostra que o tamanho do AE representa o montante de refluxo, independente do modo como foi medido. Vale a repercussão e não o Color Doppler.

quarta-feira, setembro 21, 2011

Microesferas ou Janelas ruins?



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No pubmed temos 110 publicações por ano em ecocardiografia com microbolhas nos últimos 10 anos.
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No último ano, caíram para 71 publicações.
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Após o trauma da "caixa preta" do FDA, o uso de microbolhas caiu no mundo todo e no Brasil parou de ser vendido.
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Será o contraste capaz de ressurgir após pelo menos duas pausas quase fatais?
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Nós, ecocardiografistas, deveríamos torcer, e muito, para o contraste voltar e ter um preço acessível.
Seria um diferencial para nos equipararmos aos avanços da Ressonância!
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Pense assim, no contraste junto com o 3D e o Strain Rate.
Na abolição das janelas ecocardiográficas inadequadas que na Europa são uma epidemia!
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Aqui, relembro artigos do Circulation que valem a pena para entender o uso extremamente amplo do contraste:
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Melhor
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Ótimo
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Muito bom
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Fundamental
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segunda-feira, setembro 19, 2011

Métodos de Imagem na Coronariopatia



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Aqui, completo.
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Estenose Aórtica Assintomatica



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Aqui, completo.

Suspeita de Isquemia Miocárdica : Métodos de Imagem.


Aqui, completo.
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Anerisma SIA





Imagens bonitas de um grande aneurisma de Septo interatrial (de verdade!).
Janela subcostal um pouco limitada, aparentemente sem shunts ao doppler.

Esclerose sistêmica



Echo Doppler Predictors of Pulmonary Artery Hypertension in Patients with Systemic Sclerosis
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Objectives: Evaluate echocardiographic predictors of pulmonary artery hypertension (PAH) in a prospective cohort of patients with systemic sclerosis (SSc). Methods: 38 patients with SSc who did not have PAH and significant left heart disease, with peak tricuspid regurgitant velocity (TRV) ≤ 2.8 m/sec and systolic pulmonary artery pressure (sPAP) < 40 mmHg on echo Doppler were enrolled. Patients underwent: clinical assessment, NT-proBNP, and DLco measurements. Echo Doppler evaluation included right ventricular (RV) dimensions, tricuspid annular plan systolic excursion, fractional area change, tricuspid DTI systolic velocity, Tei index, pulmonary flow acceleration time (AcT), ratio of TRV to RV outflow tract time–velocity integral (TVI) and a parameter of disturbed RV ejection (TRV/AcT). After a planned 12-month follow-up we evaluated the predictive value of these parameters for the development of PAH, as demonstrated by right heart catheterization (RHC). Criteria for RHC were TRV ≥ 3 m/sec or sPAP ≥ 40 mmHg. Results: Four patients developed PAH. Only TRV/TVI and TRV/AcT ratios significantly predicted PAH development (TRV/TVI ratio ≥ 0.16 [predefined and ROC confirmed]: OR 99, CI 95%: 4.865–2015, P = 0.004; TRV/AcT ratio ≥ 0.022 [predefined and ROC confirmed]: OR 12.68, CI 95% 1.163–379.3, P = 0.036). Both parameters showed a good diagnostic power (TRV/TVI ratio: ROC area 79%, sensitivity 75%, specificity 97% and diagnostic accuracy 94.74% for cutoff value of 0.16; TRV/AcT ratio: ROC area 75%, sensitivity 75%, specificity 71% and diagnostic accuracy 72% for cutoff value of 0.022). Conclusions: This prospective study identified increased values of the two ratios TRV/TVI and TRV/AcT as predictors of PAH in SSc.
(Echocardiography 2011;28:860-869)
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Dois bons índices para o desenvolvimento de Hipertensão pulmonar na ES.
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Todos os meses, fazemos dezenas de exames em portadores de ES para avaliação do pressão pulmonar.
Mas tínhamos pouco a dizer quando dava normal. Agora, usaremos os índices TRV/TVI e TRV/AcT.
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O Doppler é o que você come.


Effect of Food Intake on Commonly Used Pulsed Doppler and Tissue Doppler Measurements
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Objective: This study evaluates the effect of food intake on commonly used pulsed Doppler and tissue Doppler measurements. Methods: Twenty-three healthy subjects aged 25.6 ± 4.5 years were investigated. A wide selection of pulsed Doppler and tissue Doppler variables were measured before a standardized meal as well as and 30 and 110 minutes afterwards. Results: The following variables increased significantly (P < 0.05) 30 minutes after food intake: left ventricular stroke volume, left ventricular cardiac output, left ventricular outflow velocity–time integral, peak of early diastolic (E) and late diastolic (A) mitral flow velocities, pulmonary vein peak velocities in systole (S) and in diastole (D), S/D, pulsed tissue Doppler peak systolic velocities, and late diastolic velocities. Deceleration time of E-wave decreased significantly (P < 0.05). The change in measured variables between fasting and 30 minutes after the food intake ranged from 7% to 28%. There were no significant (P > 0.05) changes in E/A, early diastolic tissue Doppler velocities (e’), and E/e’. Most, but not all variables returned to baseline values 110 minutes after food intake. Conclusions: This study shows that food intake affects several echocardiographic variables used to routinely assess diastolic function and hemodynamics. Further studies are warranted in older healthy subjects and in patients with various cardiac diseases to determine whether the findings are reproducible in such populations. (Echocardiography 2011;28:843-847)
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A alimentação influencia parâmetros de disfunção endotelial e diferentes tipos de dietas influenciam de maneiras distintas a reatividade arterial.
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Faltava comprovar o mesmo em uma parte das artérias chamada coração.
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Quando fazemos pesquisas com FMD, insistimos que o jejum ou a dieta controlada é fundamental para a análise da resposta arterial. Isso dificulta a pesquisa e a obtenção de voluntários.
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Será que para estudos de Doppler tecidual e Diástole, o momento do exame em relação a alimentação não deveria ser também controlado?
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sexta-feira, setembro 16, 2011

Reunião da Cardiologia UNICAMP - Estatinas e efeitos colaterais


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Reuniões da Cardiologia UNICAMP.
Gravadas sem ensaio e ao vivo, podem conter erros que não prejudicam o conteúdo.
Aulas para médicos, de caráter informativo simples.
Não representam a opinião da disciplina de cardiologia ou da faculdade de medicina da UNICAMP.

Temas SBC 2011 - Perfusão sem coronariopatia na ICC



ID: 22844
Valor prognóstico da reserva de fluxo coronário obtido pela Dopplerecocardiografia transtorácica em pacientes com cardiomiopatia dilatada de origem não-isquêmica
MARTA FERNANDES LIMA, JEANE MIKE TSUTSUI, JOAO CESAR NUNES SBANO, MÁRCIO SILVA MIGUEL LIMA e WILSON MATHIAS JUNIOR.
Instituto do Coração (InCor)- HCFMUSP, São Paulo, SP, BRASIL
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Introdução: A reserva de fluxo coronário (RFC) pode ser obtida de forma não invasiva pelo ecodopplercardiograma transtorácico (ETT). O objetivo deste estudo foi avaliar o valor prognóstico da medida de RFC em pacientes com cardiomiopatia dilatada (CMD) de origem não isquêmica.
Método: Estudamos 189 pacientes CMD de origem não isquêmica submetidos ao ETT com medida de RFC, de abril de 2007 a junho 2010. A velocidade de fluxo diastólico foi obtida na artéria descendente anterior com infusão de contraste ecocardiográfico PESDA (Perfluorocarbon-Exposed Sonicated Dextrose Albumin). A RFC foi calculada como a relação entre o fluxo diastólico máximo no estado de hiperemia (dipiridamol, 0,86 mg/Kg) e em repouso. Foi considerado evento morte cardíaca.
Resultados: A exequibilidade da medida de RFC pelo ETT foi de 91%. A população do estudo consistiu de 172 pacientes com média etária de 52±12 anos, sendo 117 (68% do sexo masculino. A etiologia da CMD foi chagásica em 25 (15%) pacientes, idiopática em 37 (21%), hipertensiva em 84 (49%) e outras em 26 (15%). Dezesseis pacientes (9,3%) evoluiram com morte cardíaca. A RFC foi significativamente menor nos pacientes com evento que sem evento (1,71±0,35 versus 2,11±0,52, respectivamente; p=0,003). Não houve diferença de fração de ejeção (25±7% versus 27±7%; p=0,18), diâmetros ventriculares ou etiologia entre os pacientes com e sem evento.
Conclusão: A medida de RFC pelo ETT é um parâmetro de fácil obtenção que fornece informação prognóstica independente em pacientes com CMD de origem não-isquêmica.

Temas SBC2011 - Acompanhamento da Aorta ao Eco



ID: 22754
Comparação entre ecocardiografia e tomografia computadorizada no seguimento dos paciente com aneurisma de aorta ascendente
MARCELA MOMESSO, MATEUS VELOSO E SILVA, WALTER DUARTE BATISTA JUNIOR, LÍGIA RIBEIRO MOSCARDINI, LUIZ FELIPE PORRIO DE ANDRADE, OSCAR OLIVER ARROYO ROJAS, DORIVAL DELLA TOGNA e AURISTELA ISABEL DE OLIVEIRA RAMOS.
Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, São Paulo, SP, BRASIL
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Fundamento: Na identificação e no seguimento das doenças da aorta torácica dispõe-se de diversos exames de imagem como tomografia computadorizada (TC), ecocardiograma (ECO) e ressonância nuclear magnética (RNM). Sabe-se que a TC e a RNM são os métodos padrão ouro para diagnóstico
do aneurisma de aorta ascendente, com sensibilidade e especificidade de 100% e 98% respectivamente. Porém, a exposição à irradiação e seus custos são fatores limitantes para realização repetida desses exames no seguimento clínico do paciente. Por outro lado, o ecocardiograma transtorácico é um método de fácil acesso, pouco invasivo e, também,
fornece medidas da aorta ascendente.
Objetivo: Comparar as medidas da aorta ascendente realizadas pelo
ecocardiograma e pela tomografia.Delineamento: Trata-se de um estudo transversal que busca relacionar medidas da tomografia computadorizada e ecocardiografia em pacientes
que irão se submeter à cirurgia para correção de aneurisma de aorta ascendente.
Material e métodos: foram selecionados 44 pacientes com aneurisma de aorta ascendente ecomparadoas medidas encontradas pela tomografia computadorizada e pelo ecocardiograma.
Resultados: A amostra composta por 44 pacientes, dos quais 61% eram do sexo masculino, com média das idades de 60 anos (± 12,7). As médias dos diâmetros da aorta ascendente obtidas por meio do ECO e da TC foram, respectivamente, 55 (± 10) e 57,57 (±11,1). O Índice de Correlação de
Pearson evidenciou que os dois métodos são superponíveis para a medida da aorta ascendente (0,87, p<0,001).
Conclusões: De acordo com os dados escritos, pode-se concluir que o seguimento do paciente com aneurisma de aorta ascendente pode ser feito por meio da ecocardiografia.

Temas SBC2011 - Ecostresse no Diabetes



ID: 23325
Avaliação de pacientes diabéticos através da ecocardiografia sob estresse farmacológico.
MARIA CELITA DE ALMEIDA, BRIVALDO MARKMAN FILHO, DEBORAH LUCENA MARKMAN, MANUEL MARKMAN, MARCIA MACHADO DE MELO MORENO, PATRICIA BEZERRA ROCHA MONTENEGRO, CLODOVAL DE BARROS PEREIRA JÚNIOR, SILVIA MARINHO MARTINS, CAMILA SARTESCHI, CARLOS EDUARDO LUCENA MONTENEGRO e DJAIR BRINDEIRO FILHO.
Procardio, Recife, PE, BRASIL
e Hospital das Clínicas da UFPE, Recife, PE, BRASIL.
Fundamento: O ecocardiograma sob estresse farmacológico (EEF) é uma importante ferramenta na investigação de isquemia miocárdica em diabéticos (Cortigiani, L. JACC 2006; 47: 605-10).
Objetivo: Avaliar a importância da EEF na investigação de isquemia miocárdica em diabéticos.
Delineamento: Estudo de coorte prospectivo
Material e Métodos: Pacientes (p) foram submetidos aos protocolos clássicos de dipiridamol ou dobutamina. Os eventos clínicos combinados avaliados durante o seguimento foram: óbito de origem cardíaca, infarto agudo do miocárdio (IAM), angina instável (AI) e revascularização miocárdica cirúrgica (CRM) ou percutânea (ICP).
Resultados: Foram avaliados 148 p, 57,4% do sexo feminino, idade média de 64 (37-83) anos, com tempo médio de seguimento de 32 (01-92) meses. Dor precordial atípica era o sintoma dominante (60%). O ECG basal era alterado em 46% dos p. A EEF foi positiva para isquemia em 26 p (17,6%) e negativa em 122 p (82,4%). A sensibilidade, especificidade, acurácia, valor preditivo positivo e valor preditivo negativo do método frente aos desfechos foram: 79%, 94%, 92%, 73% e 96%, respectivamente. O tempo médio de sobrevida livre de eventos foi de 77,08 meses (IC95%: 71,6 – 82,5). A análise univariada identificou o resultado do EEF, o ECG basal, índice de movimentação parietal do VE de repouso e pico, antecedentes de IAM, de revascularização miocárdica como fatores prognósticos associados aos desfechos. No modelo de Cox o resultado da EEF foi o unico preditor independente dos desfechos RR:37 (p< 0.001).
Conclusão: O EEF mostrou relevante importância nesta amostra, sendo o resultado positivo para isquemia a única variável independente para a ocorrência dos desfechos clínicos.

Temas SBC2011 - Indicações de Ecostresse



ID: 22504
Comparação na utilização dos critérios de apropriabilidade para ecocardiografia sob estresse do “American College of Cardiology Foundation” entre uma instituição privada e pública semi-acadêmica
TIBA, LINO M, LADEIRA, RICARDO M C, MATHEUS, MARCIO J, SOUSA, FERNANDA C, RAMOS, LEANDRO M e PIMENTA, JOAO.
Hospital do Servidor Público Estadual - IAMSPE, São Paulo, SP, BRASIL
e Hospital Santa Cruz, São Paulo, SP, BRASIL.
Fundamento: Recentemente o American College of Cardiology Foundation (ACCF) publicou critérios de apropriabilidade para Eco Estresse.

Objetivos: Comparar as indicações, dados clínicos e ecocardiográficos entre os pacientes encaminhados para uma instituição privada e uma pública semi-acadêmica, para a realização de Ecocardiograma sob estresse farmacológico (EEFa).

Delineamento: Trata-se de estudo observacional transversal sobre as diferenças entre pacientes submetidos à EEFa em duas instituições distintas.

Pacientes: De janeiro a dezembro de 2010, 481 pacientes foram encaminhados para realização de EEFa em duas instituições, uma privada (Grupo I - GI) e uma pública semi-acadêmica (GII). Foram excluídos 17 pacientes por janela acústica inadequada, contraindicação ao exame ou protocolo exclusivo para viabilidade miocárdica.

Métodos: 224 pacientes do GI e 240 do GII foram incluídos no estudo, sendo submetidos à EEFa com dobutamina ou dipiridamol. As indicações foram comparadas, e classificadas em apropriadas, inapropriadas ou incertas de acordo com o ACCF. Foram também analisados os dados clínicos e ecocardiográficos.

Resultados: O GII apresentou mais indicações apropriadas (41% vs 64%, p<0,0001) e menos indicações inapropriadas (33% vs 14%, p<0,0001). O resultado positivo para isquemia miocárdica foi mais comum nas indicações apropriadas do que nas inapropriadas em ambos os grupos (GI: 21% vs 3%, p= 0,01; GII: 24% vs 5%, p=0,0009). Os dados clínicos e outros dados ecocardiográficos não apresentaram diferenças estatisticamente significantes.

Conclusões: Baseado nos critérios do ACCF, os pacientes da instituição pública semi-acadêmica tiveram melhor encaminhamento para a realização de EEFa que a privada. A maior proporção de exames alterados em pacientes com indicações apropriadas vs inapropriadas em ambas as instituições enfatiza a necessidade do uso adequado e racional do método.

quarta-feira, setembro 14, 2011

Perfusão pra quê?


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Methods and Results—We randomized symptomatic women with suspected CAD, an interpretable ECG, and ≥5 metabolic equivalents on the Duke Activity Status Index to 1 of 2 diagnostic strategies: ETT or exercise MPI. The primary end point was 2-year incidence of major adverse cardiac events, defined as CAD death or hospitalization for an acute coronary syndrome or heart failure. A total of 824 women were randomized to ETT or exercise MPI. For women randomized to ETT, ECG results were normal in 64%, indeterminate in 16%, and abnormal in 20%. By comparison, the exercise MPI results were normal in 91%, mildly abnormal in 3%, and moderate to severely abnormal in 6%. At 2 years, there was no difference in major adverse cardiac events (98.0% for ETT and 97.7% for MPI; P=0.59). Compared with ETT, index testing costs were higher for exercise MPI (P<0.001), whereas downstream procedural costs were slightly lower (P=0.0008). Overall, the cumulative diagnostic cost savings was 48% for ETT compared with exercise MPI (P<0.001). Conclusions—In low-risk, exercising women, a diagnostic strategy that uses ETT versus exercise MPI yields similar 2-year posttest outcomes while providing significant diagnostic cost savings. The ETT with selective follow-up testing should be considered as the initial diagnostic strategy in symptomatic women with suspected CAD.
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É incrível como estudos clínicos grandes acabam com nossas (deles) expectativas de usar exames caros em todos.
Mais um mostra que é melhor fazer ergométrico do que cintilo até mesmo em mulheres.
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Essa semana tive meu primeiro caso de infarto 15 dias após uma tomo de coronária normal.
A família do paciente ficou indignada.
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Bem vinda, TOMO, ao mundo do ECG, ERGO,ECO, ECOSTRESS, CINTILO e outros falíveis métodos de prever o futuro!
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terça-feira, setembro 13, 2011

No DIC, EchoTalk nem de graça!!!

Dr. José Roberto.

Agradecemos a sua disponibilização e informamos que a Comissão de Habilitação já homologou os Examinadores Oficiais para as provas práticas de 2012.


-----Mensagem Original-----
> De: betoecocardio@gmail.com
> Para: depeco@cardiol.br
> Data: 10/09/2011 10:50
> Assunto: Entre em Contato- SBC/DIC
>
> Entre em Contato- SBC/DIC
> - Nome: JOSE ROBERTO M SOUZA
> - Estado: São Paulo
> - Texto: Coloco novamente a disposição do DIC o serviço de ecocardiografia do HC-UNICAMP para a avaliação em prova prática dos candidatos ao certificado de atuação em ecocardiografia da região de Campinas e interior. Coordenador do serviço.
> - submit: Enviar

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Toda ano me ofereço para ser avaliador da prova prática do DIC.
Na minha região, Campinas e interior, os candidatos são obrigados a viajarem para São Paulo e perdem um dia de trabalho.
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Ofereço os espaços do HC - UNICAMP, o que deveria servir para a prova.
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Vejam acima que fui recusado, de novo! rsrsrs
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Ano que vem eu tentarei novamente!!!!
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3D e imagens de holografia


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Aqui, artigo completo.
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This report presents a novel approach for visualisation of dynamic 3D echocardiographic data, known as virtual reality. The 3D echocardiographic data sets generated by a commercial available echo machine can be visualised as a dynamic hologram inside the I-Space. Until now, the 3D echocardiographic reconstructions could only be seen on a 2D screen, but virtual reality makes it possible to 'dive' into the actual 3D anatomy of the heart. We show that professionals, familiar with intracardiac anatomy, can learn how to handle the technique and cut through these holograms within 10 minutes. Subsequently, they were all able to correctly diagnose the intracardiac anatomy or pathology of the mitral valve.
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Ver imagens 3D em uma tela 2D, o que normalmente acontece, tira metade da graça!
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Imagine ver o 3D em realidade virtual!
Esse grupo fez isso. Projetou em hologramas as imagens 3D do Eco e todos, todos os médicos foram capazes de interpretarem as patologias.
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Significa que teremos de usar monitores 3D para os aparelhos de Eco?
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quinta-feira, setembro 08, 2011

Peço desculpas por esta longa, porque não tive tempo de ser breve



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“Simplicidade requer tempo. Peço desculpas por esta longa, porque não tive tempo de ser breve”
Frase do Padre Vieira, em uma longa exposição em Lisboa, adiantando que iria demorar...
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No Euro 2001, assisti a uma mesa redonda de dar gosto e valer a passagem.
Zamorano, o ecocardiografista mais estrelado da Europa, apresentava casos e discutia com Valentim Fuster, o cardiologista mais estrelado do mundo.
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Fuster, que nasceu na Espanha, fez medicina em Barcelona e especialização na Escócia, discutia a indicação de exames em casos complexos com coronariopatia.
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Havia ainda um outro ecocardiografista, dois radiocardiologistas e um clínico.
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E os casos exigiam Eco de estresse, RM, Tomografia e Cintilografia...
Uma confusão enorme, cada um vendendo seu peixe!
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Dr. Fuster, colocou a mão no queixo e disse várias vezes:
- Esse é o melhor caminho para o paciente?
- Essa abordagem vai resolver o problema do paciente?
- Mas o paciente continua assintomático, e isso é muito bom.
- Eu pediria um holter, pois me preocupa mais a Arritmia do que toda essa informação sobre anatomia e função!
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Uma aula de medicina, enquanto os meninos brincavam com seus aparelhos eletrônicos!
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Na sala ao lado, bem a propósito, o tema da aula era: "Métodos diagnósticos: Ferramentas ou brinquedos?"
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Exercício e ecocardiografia

Prediction of Mortality by Exercise Echocardiography
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Circulation. 2001;103:2566-2571
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Clinical, exercise testing, and echocardiographic data were collected in 5375 patients (aged 54±14 years, 3880 men) undergoing exercise echocardiography.
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Over the first 6 years of follow-up, those with normal exercise echocardiograms had a mortality of 1% per year.
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Conclusions—A normal exercise echocardiogram confers a low risk of death, and positive results are an independent predictor of death; ischemia is incremental to other data. This test may be particularly useful in patients with intermediate-risk Duke treadmill scores
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Enquanto o melhor livro de Eco de Estresse nacional e um dos melhores em qualquer língua não sai em sua nova edição, vamos aqui levantar artigos que consagraram o Eco de Esforço como a modalidade de diagnóstico dominante no mundo desenvolvido.
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O ecocardiografista com roupa de cirurgião

Aqui .
EAE/ASE recommendations for the use of echocardiography in new transcatheter interventions for valvular heart disease - Eur J Echocardiogr (2011) 12 (8): 557-584 -
...... Uma nova atividade desponta para o ecocardiografista, a ecocardiografia na intervenção valvar. Diferente da atuação no momento, de checar a correta troca ou repara aberto da valva, essa nova função exige muito conhecimento do examinador.
E ficarå a cargo de ecocardiografistas bem mais experientes e com dedicação integral ao procedimento. Experiência em 3D é fundamental.
Duro vai ser aguentar aquele papo de cirurgião e anestesista por 3 horas!!!! rsrs.

segunda-feira, setembro 05, 2011

Euro 2011. Achados e perdidos: Esaote.

. O peso ideal chegou para a Esaote. No standa do Euro, Modelo tipo laptop de verdade com as funcionalidades para exame cardiovascular, reforma das plataformas dos fixos com melhoras gritantes, várias opções de aparelhos e configurações. Sempre volto otimista das apresentações da matriz italiana.

Euro 2011. Achados e perdidos: Faltam janelas ecocardiográficas na Europa!

. Das 4 discussões de casos com múltiplos métodos de imagem, em 3 o ecocardiograma foi preterido por alegada ausência de janela ecocardiográfica! Está certo que na Europa o nível de tabagismo é alto, mas assim já é demais! Janela ruim? Dá-lhe RM, Tomo e Cintilo. Com os residentes, brincamos que existem ecocardiografistas e janelografistas...

Euro 2011. Achados e perdidos: Grande e cheio demais.

. O congresso estava bem cheio e a possibilidade de assistir uma aula do lado de fora era grande. Lembrei de um amigo que diz que não vale mais a pena ir a congressos gerais, que apenas os especificos ou de subespecialidades valeriam a viagem. Estava quase concordando até assistir uma mesa redonda com o Zamorano e o Fuster. Valeu ! Apesar da escolha catastrófica dos casos de ecocardiografia na aula...

Euro 2011 - Achados e perdidos: 3D

O 3D da Siemens redefine o que é 3D. Em tempo real, com possibilidades infinitas e sem ECG! Isso mesmo, não precisa ligar o ECG para fazer as aquisições em 3D. De lambuja, faz as medidas de modo M automaticamente, de novo, sem ECG... . Fui tão bem atendido no stand, com pendrive de tudo o que foi mostrado, que até respondi pesquisa de satisfação com a empresa. Muito satisfeito com a empresa na Europa. Aqui é outra história...Mas o importante é que já é possível fazer um exame completo em 3D, sem a perda de tempo e tecnologia que é usar o 3D para cortar melhor em 2D!!!! .

Euro 2011 - Achados e perdidos : Vscan

Vscan. O aparelho portátil já está vendendo bem na Europa. No stand da GE, um representante francês estava muito otimista. - Quem está comprando? (Echotalk) - Inicialmente, hospitais universitarios e serviços de clinica médica. Nossas ações de marketing estão apenas começando mas a procura expontânea já é alta. . Imagem é tudo. .

sexta-feira, setembro 02, 2011

Um pouco de história...




No ano 2000, o pessoal de Porto Alegre -RS, propôs a tabela de valores normais acima (foi publicada nos Arq Bras Cardiol, volume 75 (nº 2), 107-110, 2000).
Ainda bem que não pegou! Imaginem a "epidemia" de dilatação e hipertrofia que teríamos?!

quinta-feira, setembro 01, 2011

Ecostress falso positivo?





Há tempos que eu falo aos clínicos:
- Se o ecostress deu positivo e o CAT "normal", não suspenda a medicação nem de alta para o paciente!

Obs: e esse estudo nem fez US intracoronário...