quinta-feira, abril 19, 2012

Carta aos capitães da nau desgovernada.



A cooperativa de Campinas têm 700 mil usuários e realiza 12 mil ecocardiogramas por mês.
O total de usuários de planos suplementares passa de 1 milhão na região e deveriam ser realizados 15 mil ecocardiogramas por mês.
E subindo sem parar.
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Como cada ecocardiografista realiza, no máximo, 700 exames por mês, o mercado comportaria 21 ecocardiografistas em tempo integral.
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São, de fato, 50 ecocardiografistas morando na região.
Isso dá uma média de 300 exames para cada.
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Em média, só meio período do dia é preenchido com o exame. O resto do dia ele trabalha como cardiologista.
Não vou contar os serviços públicos.
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Com os atuais ecocardiografistas da região, seria possível a execução de 35 mil exames por mês!
Mesmo assim, faltam de 5 a 10 profissionais no mercado hoje, para começarem a semana que vem.
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A sociedade ou entidade representativa dessa categoria precisa enxergar o óbvio:
Nossos ecocardiografistas trabalham como clínicos e nossos serviços precisam desesperadamente de novos ecocardiografistas.
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Fechar a torneira de formação e titulação só vai piorar o problema.
É preciso enxergar o país, estudar o interior, ser mais inteligente e menos egoísta.
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Um comentário:

  1. Eu fecharia o consultório (com um custo exorbitante para se manter) na hora, se me oferecessem emprego para fazer eco em período integral, bem remunerado e com estabilidade. Mas quem se arrisca? Tenho certeza que muitos fazem cardiologia clínica somente como plano B.

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