quarta-feira, janeiro 18, 2012

Tamponamento: Por que é tão difícil acertar?


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Nada gera mais confusão em um laboratório de ecocardiografia de hospital que o diagnóstico de tamponamento.
Na vida e na internet, como o vídeo acima, interpretações equivocadas geram intervenções de risco.
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Os sinais de tamponamento indicam uma probabilidade de hipotensão de difícil reversão e, possivelmente, choque.
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O critério é clínico e necessita de exame físico e médico a beira do leito.
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Dado a improbabilidade de uma compressão do VE, a compressão diástólica do VD se relaciona ao baixo débito e hipotensão.
Essa compressão depende muito da pressão diastólica na câmara. Em casos com hipertensão pulmonar e hipertrofia, essa pressão está bem elevada.
Daí, a pressão na cavidade do pericárdio deve ser muito alta para provocar compressão diastólica significativa.
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Ao trazerem o caso para discutir o provável tamponamento, a pergunta a se fazer é:
- Qual a pressão diastólica do VD?
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Compressão do átrio direito é comum e de baixo valor, dado as pressões nessa câmara serem bem baixas. Frequentemente esses pacientes estão com restrição de volume, ao contrário do indicado.
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Variações do fluxo nos vasos da base (Nem vale a pena avaliar fluxo em vávulas oscilantes) podem induzir a erro por técnica inadequada ou oscilação excessiva em grande volumes.
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Sobra mesmo a compressão diastólica do VD, bem registrada em uma foto 4 Cam. com a valva trícuspide aberta.
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Entre o dilema de "mandar" drenar um derrame sem necessidade ou deixar passar um tamponamento, chame o clínico!!!
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