quarta-feira, julho 28, 2010

ESAOTE Brasil é a favorita?


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Faço essa votação todo ano e a Grande Empresa sempre ganhou disparado.
Agora parece que é a ESAOTE que ocupa o lugar de destaque no coração dos ecocardiografistas.
Que já foi da ATL, que depois acabou sendo incorporada a firma holandesa e nunca mais foi eleita aqui.
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Na dança das cadeiras das máquinas de ecocardiografia, voltou a ser determinante a qualidade da assistência técnica.
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Eu tenho usado Philips, GE, ESAOTE, Sonosite e até Toshiba.
Mas na hora da quebra, só uma empresa das acima corrige o problema de forma rápida.
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Ecostress em idosos no EuroCardio


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Apresentei uma pesquisa semelhante no SOCESP.
Para uma sala com 11 pessoas, diga-se de passagem.
Acredito que o Eco de esforço em bicicleta, por sua segurança maior até que a ergometria na esteira, deveria ser o exame de escolha para os idosos.
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Já relatei aqui uma publicação inglesa que apontava o Ecostress como o único viável economicamente no paciente diabético assintomático.
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Só não gosta quem for ruim da cabeça ou doente dos pés.
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quinta-feira, julho 22, 2010

O homem que veio do futuro


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Na escola EchoTalk temos o curioso caso do homem que veio do futuro.
Seu nome é Evandro.
Fez clínica médica na UNICAMP, cardiologia no Dante, Tomografia e RM no INCOR e ecocardiograma na EchoTalk.
É o verdadeiro especialista em imagem cardiovascular.
Vamos ainda ensinar Doppler de Carótidas, Ecostress e Transesofágico.
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Poderia ser fácil o próximo e melhor presidente do D.I.C! Sem concorrentes. rsrs
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Na Radiologia foi assim.
Havia só o RX, surgiu o Ultrassom e foi absorvido, surgiu a Tomo e foi absorvida, surgiu a RM e foi absorvida.
O Radiologista trabalha com o que quiser ou com tudo ao mesmo tempo.
Escolhe sua área de preferência (ninguém aqui falou em dinheiro ainda) e vai ser feliz também no trabalho...
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Sério, alguém sabe de um bom curso rápido de tomografia de coronárias ou já é muito tarde para mim?
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quarta-feira, julho 21, 2010

Ecocardiograma para intensivistas (Eram os deuses ecocardiografistas?!?!)


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Aqui
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Dia 31 darei um curso prático de ecocardiografia para intensivistas.
Junto com ultrassom, eles aprenderão a reconhecer patologias de risco no paciente crítico.
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Ao contrário do Depeco e dos realizadores da prova, e em sintonia com o resto do mundo, acredito que o ecocardiograma deve ser manejado por quem atende o paciente em seus momentos de maior necessidade.
Então, nada mais lógico que treinar o intensivista a reconhecer a volemia na análise da veia cava inferior, a contratilidade em sua análise básica, defeitos valvares significativos, derrames pericárdicos e estimativas de pressões intracardíacas.
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O próximo passo será treinar emergencistas, pois já treinamos os residentes de cardiologia geral.
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E não perderemos nossos empregos.
Por exemplo, não conheço radiologista sem emprego, apesar da difusão do ultrassom geral...
Não basta cercar com arame farpado nossa área, é preciso torná-la produtiva!
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Defeito de Gerbode


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Aqui, descrição completa.
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Comece pelo Arco Aórtico


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Que tal iniciar o exame pelo Arco Aórtico?
Assim sua pesquisa de fonte emboligênica ficará completa.
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segunda-feira, julho 19, 2010

O LDL não está em todas as carótidas


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In conclusion, our data present compelling evidence that lipoproteins in the IDL fraction (Sf 12 to 20) are associated with progression of atherosclerosis as directly quantified by arterial wall IMT measurements, whereas lipoproteins in the LDL and VLDL density ranges are not associated with progression of carotid IMT.
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Tradicionalmente, quando medimos o LDL, dosamos junto com o IDL.
Estudos que mostraram benefícios clínicos das estatinas, a maioria deles, usou o LDL "misturado" com o IDL.
Este estudo ressalta a importância das moléculas ricas em triglicérides na gênese da Aterosclerose acelerada.
Têm a ver com os triglicérides a aceleradíssima Aterosclerose dos Diabéticos?
Em meu estudo pós cirurgia bariátrica, a espessura da carótida despencou junto com os triglicérides...
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Belo artigo, que só li agora...
(So many things, so little time)
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quinta-feira, julho 15, 2010

Dissecção da aorta no Circulation


Acute Aortic Dissection

Clinician Update

Alan C. Braverman, MD
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The selection of a specific imaging modality is influenced by individual patient characteristics and variables and institutional capabilities and expertise. Contrast computed tomography is the most commonly used modality in diagnosing aortic dissection and is readily available in most emergency rooms. Because magnetic resonance imaging takes longer for image acquisition and leaves the patient relatively unmonitored, it is usually not the procedure of first choice. Transesophageal echocardiogram has an advantage in being portable and able to be performed at the bedside for the unstable patient. Although aortic dissection may be diagnosed by transthoracic echocardiogram, the sensitivity and specificity are much lower than with the other diagnostic modalities; thus, this technique is not the first choice for diagnosing dissection.
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Realmente o ecocardiograma transtorácico não é a modalidade de escolha e pode gerar uma falsa segurança ao clínico.
Analisando o quadro clínico podemos pensar:
- Toda suspeita considerável de dissecção da aorta deve ser colocada em repouso absoluto, deve receber analgesia com opiáceo e receber drogas em bomba de infusão para controlar o duplo produto.
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Quer paciente mais fácil e apropriado para o exame transesofágico?!?!
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Sem contraste, sem demora, sem x vezes a gravidade da terra!
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Sensibilidade 98% Especificidade 100%.
Custo inferior a qualquer tomo ou ressonância.
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Ou não é uma suspeita de Dissecção a ser levada a sério(Vai para Tomo...), ou têm que fazer transesofágico.
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quarta-feira, julho 14, 2010

Valvopatia Mitral em Campinas-SP

Todo exame deve ir aonde o paciente está.


Tissue Doppler echocardiography reveals distinct patterns of impaired myocardial velocities in different degrees of coronary artery disease
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Aqui
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Methods and results This study comprises 82 patients with suspected angina pectoris, no previous cardiac history, and a normal ejection fraction, who were all examined with colour TDI prior to coronary angiography. Patients without significant stenoses (n = 35) constituted the control group and patients with significant stenoses (n = 47) were divided into three groups according to significant one-, two-, or three-vessel disease (n = 18, n = 14, and n = 15, respectively). Regional longitudinal peak systolic (s′), early (e′), and late diastolic (a′) myocardial velocities were measured at six mitral annular sites and averaged to provide global estimates. Each patient with significant coronary disease was matched with a control of the same age, sex, body mass index, and status regarding diabetes and hypertension. Global systolic and diastolic performance by TDI (in terms of global s′ and E/e′) were negatively correlated to the number of vessels with significant stenoses (both P < 0.05). Regional analyses revealed that in one- and two-vessel disease, e′ decreased significantly in the segments supplied by a stenotic artery. In patients with one-vessel disease, a′ increased compensatorily with a significant reduction of e′/a′-ratio (0.86 ± 0.24 vs. 1.00 ± 0.28, P < 0.05). Both regional and global s′ was significantly reduced in patients with three-vessels disease.

Conclusion Colour TDI performed at rest in patients with stable angina and preserved ejection fraction reveals both diastolic and systolic dysfunction and the nature of the dysfunction depends on the extent of the CAD.
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Detectar isquemia ao repouso, em um ecocardiograma, sempre foi o sonho dos ecocardiografistas.
Esse estudo levanta a possibilidade de detectar estenoses com o Doppler tecidual, diferenciando "uni" de "bi" e triarterial.
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Imagine essa técnica em um pronto atendimento, usando um portátil bom nas mãos de um médico adequadamente treinado!
Custo? 100 vezes menor que a Tomo ou Cintilografia(no total de investimento)
Radiação e contraste? Zero.
Possibilidade de repetição do exame no mesmo dia? Quantas vezes forem necessárias.
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O problema da dor torácica sem diagnóstico no PA pode ser resolvido pela ecocardiografia.
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segunda-feira, julho 12, 2010

Olha o Eco de esforço aí, gente!


Exercise Pulmonary Hypertension in Asymptomatic Degenerative Mitral Regurgitation
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Circulation. 2010;122:33-41
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Methods and Results— Comprehensive resting and exercise transthoracic echocardiography was performed in 78 consecutive patients (age, 61±13 years; 56% men) with at least moderate degenerative mitral regurgitation (effective regurgitant orifice area =43±20 mm2; regurgitant volume =71±27 mL). Exercise PHT was defined as a systolic pulmonary arterial pressure (SPAP) >60 mm Hg. Exercise PHT was present in 46% patients. In multivariable analysis, exercise effective regurgitant orifice was an independent determinant of exercise SPAP (P<0.0001) and exercise PHT (P=0.002). Resting PHT and exercise PHT were associated with markedly reduced 2-year symptom-free survival (36±14% versus 59±7%, P=0.04; 35±8% versus 75±7%, P<0.0001). After adjustment, although the impact of resting PHT was no longer significant, exercise PHT was identified as an independent predictor of the occurrence of symptoms (hazard ratio=3.4; P=0.002). Receiver-operating characteristics curves revealed that exercise PHT (SPAP >56 mm Hg) was more accurate than resting PHT (SPAP >36 mm Hg) in predicting the occurrence of symptoms during follow-up (P=0.032).

Conclusions— Exercise PHT is frequent in patients with asymptomatic degenerative mitral regurgitation. Exercise mitral regurgitation severity is a strong independent predictor of both exercise SPAP and exercise PHT. Exercise PHT is associated with markedly low 2-year symptom-free survival, emphasizing the use of exercise echocardiography. An exercise SPAP >56 mm Hg accurately predicts the occurrence of symptoms.
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Para melhorar nossa semana, vejam artigo que comprova mais uma utilidade do ecostress na bicicleta.
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Essa história de ficar esperando grandes sintomas para intervir em válvulas um dia vai acabar...
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Olha o Strain aí, gente!


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ao vivo
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Strain echocardiography predicts acute coronary occlusion in patients with non-ST-segment elevation acute coronary syndrome
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An area of ≥4 adjacent dysfunctional segments (strain greater than or equal to −14%) had the best ability to identify patients with acute coronary occlusion, with sensitivity 85% and specificity 70%. WMS demonstrated slightly less accuracy than strain.
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Conclusion Strain echocardiography identifies NSTE-ACS patients with acute coronary occlusion, who may benefit from urgent reperfusion therapy.
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O Strain longitudinal ganha força todo dia!
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quarta-feira, julho 07, 2010

Embolização e o Ecocardiograma


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Recommendations for echocardiography use in the diagnosis and management of cardiac sources of embolism
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Table 1
Potential cardioembolic sources

Major risk sources
Atrial fibrillation
Recent myocardial infarction
Previous myocardial infarction (LV aneurysm)
Cardiomyopathies
Cardiac masses
 Intracardiac thrombus Atrial septal aneurysm
 Intracardiac tumours
 Fibroelastoma Patent foramen ovale
 Marantic vegetations
Rheumatic valve disease (mitral stenosis)
Aortic arch atheromatous plaques
Endocarditis
Mechanical valve prosthesis
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Table 3
Echocardiographic predictors of embolic risk in patients with atrial fibrillation

Echocardiographic risk factors
Left ventricular systolic dysfunction (EF < 35%)
Complex aortic plaquesa
LAA thrombi or spontaneous echo contrasta
LAA dysfunction (emptying blood flow velocities ≤20 cm/s and/or reduced contraction at M-mode)

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Conclusion:
A potential cardiac source of embolism should be considered in all patients presenting with stroke or TIA. In this regard, echocardiography is not only a powerful tool for the evaluation of cardioembolic sources of stroke, but also to establish recommendations for the primary and secondary prevention of cardioembolic stroke.

A voz do povo que não afeta os deuses da ecocardiografia


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67% dos leitores querem mudanças na prova do título.
Querem uma avaliação mais prática.
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Quem, se eu gritasse,
em meio à legião de deuses,
me ouviria?"
Rainer Maria Rilke
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segunda-feira, julho 05, 2010

Arterite difusa com inflamação de baixo grau = Aterosclerose


Association between Carotid Intima-Media Thickness
and Aortic Arch Plaques
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Background: Large aortic arch plaques are associated with ischemic stroke. Carotid intima-media thickness (CIMT) is a marker of subclinical atherosclerosis and a strong predictor of cardiovascular disease and stroke.
The association between CIMT and aortic arch plaques has been studied in patients with strokes, but not in the general population. The aim of this study was to investigate this association in an elderly asymptomatic cohort and to assess the possibility of using CIMT to predict the presence or absence of large aortic arch plaques.
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Conclusions: CIMT at the bifurcation is independently associated with aortic arch plaque > 4 mm. Its strong negative predictive value for large plaques indicates that CIMT may be used as an initial screening test to exclude severe arch atherosclerosis in the general population.
(J Am Soc Echocardiogr 2010;23:772-7.)
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A avaliação de qualquer artéria se correlaciona com as artérias no geral, assim, ver a Carótida só pode revelar o que se passa na Aorta!
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Em lugar de um post, a palavra de quem é prejudicada


Prova para Obtenção de Certificado de Atuação na Área de Ecocardiografia da SBC
Há soluções!


Após realizar a Prova para Obtenção de Certificado de Atuação na Área de Ecocardiografia da SBC- Depeco, um sentimento de impotência, tristeza e inoperância baixou em mim. Estudei para o exame, fui a Minas Gerais para realizá-lo. Deparei-me com uma prova cruel, com questões extremamente longas, repleta de física... enfim para médicos que, como eu, com mais de dez anos de formados em Medicina, com Residências de Clínica Médica e Cardiologia (pelo MEC) não conseguiram se juntar aos recém formados que foram aprovados ! Um sentimento se espalhou pelos “corredores” do Congresso e diversos colegas “literalmente” do Brasil inteiro estavam arrasados com o exame. O Depeco (entidade que deveria nos representar) junto à SBC deveria ter a humildade de reconhecer o erro da prova, reavaliar o nível de corte do exame neste ano, publicando nova lista de aprovação, ou anular o resultado, mantendo,claro, os já aprovados e fazer nova avaliação.
Não vi nada escrito nem no site do DIC-Depeco e muito menos na SBC ,sobre o que se passou em Belo Horizonte. E todos nós estamos cientes da frustração de diversos médicos cardiologistas que se depararam com um exame tão pouco medidor de conhecimentos práticos em Ecocardiografia. Enquanto a “nossa” Sociedade se mantém tão distante de nós, médicos de outros estados (que não São Paulo), as demais, como a de Terapia Intensiva, estimulam seus membros a realizarem exames de Ecocardiografia....e lá vamos nós, cardiologistas, perder mais espaço! Não é errado eles buscarem isso! O injusto é o clamor de médicos do País inteiro que não conseguiram o tão almejado título, não por falta de estudo ou preparo, mas por serem submetidos a uma avaliação que em nada mede a competência de um ecocardiografista! Não pensem que este texto é um clamor isolado.... há diversos sites e blogs na Internet, de colegas, dizendo a mesma coisa... e nada aparece nos sites “oficiais”. No edital, constava que não cabiam recursos. Nunca vi nada tão pouco democrático! Ao observar que havia questões com gabaritos errados, tivemos que, humildemente, conversar nos corredores do Congresso com a comissão organizadora da Prova e mostrar cópias de páginas de livros que constavam no edital, pedindo que certas questões fossem anuladas.
Aos nossos representantes, peço que avaliem o que aconteceu neste último Congresso Brasileiro de Ecocardiografia . Houve um grande erro! Tenham a humildade de observar que não são os 80% dos médicos que realizaram o exame que estão despreparados. Ao invés de encherem as salas do Congresso com ecocardiografistas tentando revalidar seus Títulos, estão nos afastando da “nossa” Sociedade.

“A injustiça num lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo lugar.”

Dra. Cristina R.Gama Dornelles – CRM-MT 5698
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(Texto postado na íntegra. Beto)

quinta-feira, julho 01, 2010

Função e volume atriais em uma só análise


Left Atrial Volume Combined With Atrial Pump Function Identifies Hypertensive Patients With a History of Paroxysmal Atrial Fibrillation
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Hypertension
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Lateral Aa is a favorable discrimination parameter because its amplitude is greater than that of septal Aa. However, the left lung often attenuates tissue Doppler signals from the lateral annulus margin. The mitral septal annulus motion is always parallel to the Doppler beam, and its measurements are certain. Septal Aa could, however, be influenced by right atrial pump function. In the present study, therefore, we used the average of the septal and lateral Aas.
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Estudo interessante que demonstrou o valor do volume atrial esquerdo indexado e dividido pela velocidade maxima da onda a´.
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Chama atenção a honesta descrição do uso da onda a´ septal e lateral.
E também o uso da onda a´em meio a uma avalanche de usos do onda e´!
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