quarta-feira, julho 21, 2010

Ecocardiograma para intensivistas (Eram os deuses ecocardiografistas?!?!)


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Aqui
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Dia 31 darei um curso prático de ecocardiografia para intensivistas.
Junto com ultrassom, eles aprenderão a reconhecer patologias de risco no paciente crítico.
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Ao contrário do Depeco e dos realizadores da prova, e em sintonia com o resto do mundo, acredito que o ecocardiograma deve ser manejado por quem atende o paciente em seus momentos de maior necessidade.
Então, nada mais lógico que treinar o intensivista a reconhecer a volemia na análise da veia cava inferior, a contratilidade em sua análise básica, defeitos valvares significativos, derrames pericárdicos e estimativas de pressões intracardíacas.
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O próximo passo será treinar emergencistas, pois já treinamos os residentes de cardiologia geral.
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E não perderemos nossos empregos.
Por exemplo, não conheço radiologista sem emprego, apesar da difusão do ultrassom geral...
Não basta cercar com arame farpado nossa área, é preciso torná-la produtiva!
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16 comentários:

  1. Anônimo10:06 AM

    Antes de mais nada... esse livro ai é bom e recomendo a leitura..

    Sobre assunto em difundir o eco para intesivistas.. isso vem gerado muita polêmica e discussão sobre o tema. Medo de perder nosso espaço? pode ser tb! Achar que somos superiores? Achar que curso é uma forma de renda? enfim...

    Ainda fico emcima do muro, tendendo mais a ser contra. Mas vamos aqui discutir os pós e os contra, nesse espaço democrático! E aprender com os mais experientes.

    Um abraço

    Leandro Serafim
    Salvador-BA

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  2. A verdade é um quebra-cabeças, as peças podem vir de locais diversos.
    Fico com o fundador da Mayo clinic:
    O melhor interesse do paciente é o único interesse a ser considerado ( Willian J. Mayo.
    Em tempo, o treinamento dos residentes e dos emergencistas é de graça, fora das minhas obrigações na UNICAMP...
    Mas vale o debate!

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  3. CONCORDO COM O PROFESSOR JOSÉ ROBERTO.
    AO MEU VER A RESERVA DE MERCADO É CLARA E UMA PREOCUPAÇÃO MEDIEVAL DE ALGUNS SEGMENTOS DOMINATES DA SUZERANIA BRASILEIRA.
    CURSOS PAGOS OU NÃO SEMPRE VÃO EXISTIR, CAPITALISMO É A NOSSA REALIDADE, DEVEMOS POIS ACREDITAR NA AUTO-REGULAÇÃO DO MERCADO, NÃO?!
    O EXEMPLO DA RADIOLOGIA JÁ DIZ TUDO.
    VAMOS LEVANTAR A BENDEIRA DE "ECO PARA TODOS!!!"

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  4. Anônimo11:42 AM

    ..
    1- Fazer educação continuada com outras especialidades com interesse puro na ciência de muito louvável, e temos visto isso aqui nesse blog e não temos dúvida disso ( " conhecimento deve ser repartido com todos")..e sempre pensar no paciente em 1ª lugar tb!

    2- Será que não precisamos de mais ecocardios ( formados em cardio e eco) devidamente treinados nos hospitais(emergências, UTIs. etc) um ecocarido rondista de plantão.. que supri as broncas ocorridas!!?

    3- Nossos intensivistas pelo Brasil estão preparados para serem treinados para pegar possíveis broncas? ( casos mais complexos na anatomia por exemplo)...
    Se a gente se acha Deus..tenho visto intensivistas que se acham superiores a isso!! Com um transdutor na mão então..rs( não estou generalizando.. me perdoem os intensivistas.. pq tb sou..dou plantão ainda em UTI cardio)

    4- Sou da opinião de treinarmos mais ecocardios com experiência..e lutar isso junto aos nossos hospitais caso necessário.

    Mas estamos num estado democrático de direito e que as coisas mudam.. e apesar de piegas mas eh melhor a gente " ser a metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião fornada sobre tudo" ..

    Leandro Serafim

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  5. Em todos os serviços em que trabalhei sempre vi interesse do hospital em ter à disposição um ecocardiografista 24h.
    Mas nunca vi quem quisesse pagar o que é justo.
    Se os intensivistas quiserem pegar esse nicho, eu pessoalmente não faço questão.

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  6. Anônimo11:29 PM

    intensivista e cirurgião JÁ se acham deuses.. Concordo que noçoes básicas são uteis a eles e não tira o nosso "espaço", mas mais do que isso sinceramente acho uma forma de desvalorizar quem se dedicou e se dedica a pratica da ecocardiografia, pq daqui a pouco todo mundo vai se entitular ecocardiografista. Mas isso é só a minha opiniao

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    1. Anônimo12:34 PM

      A discussão é boa... eu acho muito válido ter noção de como usar o aparelho na UTI para ver questões específicas... derrame pericardico, auxilio a punção de acesso, visualização de sangramento intraabdominal por exemplo... Tenho certeza que nenhum intensivista tem interesse em aprender ECO para fazer por ai... quem quiser que faça residência médica.
      Aqui em Fortaleza... são os Cardiologistas que se acham deuses rs.... perdao pela brincadeira....

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  7. Anônimo10:09 PM

    Esse assunto é muito polêmico, devem ser avaliados os prós e os contras.
    Atualmente para entrar em um opcional de residência médica oficial de ecocardiografia (reconhecida pelo MEC)é necessario pré-requisito em cardiologia (2 longos anos de muito suor e sacrifícios na residência de cardio. Porque fazer eco é fácil (leia-se tecnico), mas ser um bom ecocardiografista leva tempo.(vide os resultados da prova de título.)
    Obrigado pelo espaco.

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  8. Fábio Soares - Bahia11:29 AM

    Professor Beto:

    Acho que o que vou escrever aqui vai criar confusão, mas...

    Não conheço Radiologista sem emprego, mas conheço muitos mal pagos... A massificação do método traz consigo vário prós e muitos contras.
    1. O aumento da oferta contribui para a desvalorização (monetaria) do procedimento. Vide o que aconteceu com a US geral
    2. A facilidade de se aprender o metodo pode gerar grandes SÁBIOS da noite para o dia após um treinamento básico de 3 dias, aptos a qualquer caso!

    Hoje é fácil comprar um aparelho portátil colocar nas costas e sair fazendo exames por aí. É óbvio, que existem os lúcidos, que utilizam os cursos como alavancas para aquisição de experiência. Mas tb existem os maus profissionais que se utilizam dessas facilidades para cometer atrocidades...
    Cito alguns casos feitos por alguns médicos (que tiveram essa trajetória) que já presenciamos aqui na Bahia
    1. Eco feito por Dr.X, mostrando EAo grave. Pcte SUS. Encaminhado para cirurgia cardíaca. No intra-operatório --> CMH obstrutiva

    2. Eco feito por Dr.Y mostrando CIA com repercussão hemodinâmica. Encaminhado a cirurgia. No intraoperatório --> Átrio único + DSAV + disfunção grave do VD.

    3. Eco: PT tecidual e posição mitral normofuncionante. Pcte apresentava PT mecânica mitral colm disfunção!!!

    E por aí vai...

    Na última revista do DIC, foi publicado: Guias de Acreditacion en Ecocardiografía del Adulto y del Laboratorio de Ecocardiografía de la Asociacion de Ecocardiografía de la Sociedad Interamericana de Cardiologia (ECOSIAC)
    (http://departamentos.cardiol.br/sbc-depeco/v2/publicacoes/revista/2010/Revista02/09-guias.pdf)

    Sei tb, que há algum tempo, vc publicou um comentário questionando o tempo de treinamento em serviço de ecocardiografia. Fica aí pra discussão.
    Abraço

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  9. Caro Fabio,
    o que você acaba de descrever é a situação da medicina no país e começa pela formação do médico.
    Minha brincadeira favorita é a futurologia, é nesses momentos não consigo ser muito otimista...
    Sempre que for importante a informação de um exame, ela deverá ser checada por alguém mais experiente ou outro método de imagem.
    Com uma boa história clínica, um ECG, RX de tórax e ausculta, nenhum dos erros descritos teriam passado.
    Para o erro zero, ou mínimo, não basta um ecocardiografista supertreinado, é preciso ter um bom médico cuidando do paciente.
    Agora sim, estamos falando de soluções!!!
    Abraço e obrigado pela sua participação.

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  10. Anônimo6:19 PM

    Continuando a polêmica...

    1- Cabe aos formadores de opinião como os professores de faculdades ( principalmente), residência e etc, bloquear os "francos atiradores" ( plagiando um pouco Dr Assef); a forma desse bloqueio é que deve ser bem discutida com entidades de classe;

    2- No jornal desse mês da AMB tem um notícia informando que houve uma reunião para definir e orientar a população geral a procurar médico especialista ( leia-se com titulo, e não somento com residência pelo MEC). Eles em breve
    irão divulgar em seu site a lista por especialidade dos médicos titulados. É a solução??

    3- Aqui na terra do encanto e magia, nosso maior plano de saúde não paga na grande maioria dos lugares eco com doppler,o preço deles é eco 2D, pagando com Doppler mediante relatório médico e em alguns hospitais. O motivo principal que todo canto tem alguém aceitando fazer eco por tal plano,.. eu me incluo nisso..

    4- Problema é multifatorial, mas sei que a gente pode dar contribuição de forma lúcida e calma na formação de bons profissionais.
    Talvez nossos problemas aqui na Bahia, sejam diferentes dos de SP,por isso que a generalização é complicada;

    5- Concordo com Prof Beto que na presidencia de nossa sociedade precisamos muito mais de pessoas que caracteristicas de politico e de liderança , do que cientista. Estamos confundindo as coisas!!

    6- Outra coisa que acho, fazer eco é que nem um cirurgião, não adianta o cara ser só cientista, mas tem que ter mão!!

    Vamos lá..discussão sempre é boa...

    LEANDRO SERAFIM
    SALVADOR-BA

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  11. ACHO QUE A PROPOSTA LEVANTADA ERA A DE NOÇÕES BÁSICAS DE ECOCARDIO PARA INTENSIVISTAS E EMERGENCISTAS, NÃO?
    NINGUÉM ESTÁ FALANDO EM ENSINAR ECO EM 3 DIAS E SOLTAR O PESSOAL PARA FAZER EXAMES QUE INDICAM CIRURGIA CARDÍACAS...
    ALIÁS, COMO BEM LEMBRADO PELO PROF. JOSÉ ROBERTO, ONDE FOI PARA A CLÍNICA MÉDICA? ABREM UM TÓRAX BASEADO "SÓ" EM UM EXAME HOJE EM DIA, NINGUÉM AUSCULTA, VÊ ECG E RX MAIS?!
    ESSA É A MAIOR POLÊMICA DA PRÁTICA MÉDICA ATUAL.

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  12. Apenas opiniões com autores identificados serão publicadas

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  13. Anônimo11:56 AM

    Cristina Gama comenta:
    Olá amigos do Blog! Também fui convidada para dar uma palestra no próximo Congresso Matogrossense de Terapia Intensiva sobre Ecocardiografia na UTI. Estou fazendo uma grande revisão da literatura e acabei lendo sobre a I Conferência sobre Ensino em Ecocardiografia que ocorreu em Viena na Áustria ("How should ICU physicians be trained in critical care ultrasound techniques?"), cujo objetivo foi delinear recomendações para o treinamento dos intensivistas. Acredito que seja importante "eles" terem idéia sobre o método, mas a plena utilização do método pressupõe treinamento e habilitação que não acredito sejam conseguidos apenas em Cursinhos de poucos dias.... afinal como Ecocardiografista, passei por duros anos na residência de Clínca Médica, depois mais dois em cardiologia e três em Ecografia cardíaca e vascular.... e mesmo assim ainda temos dúvidas em alguns exames! Acho que o Dic-Depeco tem que se posicionar de forma firme em relação ao tema. Tem que haver um currículo mínimo! Mas será que o Depeco irá se posicionar? Espero que sim! Lembram-se daquele meu texto que enviei sobre a Prova de Título? Acreditem os senhores.... nem por respeito ....uma resposta foi enviada a mim!! Um grande abraço! Cristina

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  14. Anônimo8:11 PM

    Caros Colegas em especial Cristina..

    Vários temas devem ser discutidos pela nossa sociedade ( inclusive esse ), que deveria ser a nossa representante legal.
    Espero que Dr Assef consiga reunir nossos colegas ao redor dessa sociedade. Caso contrário a quebra do DIC e Depeco com formação de outra sociedade de ecocardio( exemplo da sociedade de intensivistas que já são duas no Brasil com representação legal) pode ser inevitável. A interiorização do medicina baseada em evidência e educação continuada deve ser a meta de todos nós formadores de opinião.

    Respondendo colega anônimo acima, aqui na Bahia eu sei de alguns colegas radiologistas que fizeram esses cursinhos de eco em SP ou Rio( noções básicas) e estão nos interiores "tocando terror".

    Um eco bem feito em mãos habilidosas faz a diferença entre a vida e a morte. Pequenas mudanças de angulaçao podem levar trajetórias finais diferentes separadas por grandes distâncias.

    Leandro Serafim

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  15. 1- NÃO POSTEI O COMENTÁRIO COMO ANÔNIMO (CASO O COLEGA LEANDRO TENHA SE REFERIDO A A MIM)
    2- A DISCUSSÃO COMEÇOU COM A PROPOSTA DE ENSINAR NOÇÕES BÁSICA DE HEMODINÂMICA E RECONHECIMENTO DE ALTERAÇÕES QUE GEREM RISCO DE VIDA NO PACIENTE GRAVE, ONDE O ECOCARDIOGRAFISTA DE FATO NÃO ESTARIA IMEDIATAMENTE PRESENTE E O MÉTODO PODERIA AJUDAR A SALVAR VIDAS...

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