segunda-feira, setembro 23, 2013

Estimar a pressão no átrio direito


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Vejam como é difícil acertar a estimativa na tabela acima.
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Causas de erro na estimativa na tabela acima.
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Abaixo, alternativas:
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Aqui, contribuição do mestre Morcerf
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Fernando Morcerf12:49 PM
Basta fazer exames sempre olhando a veia cava para notar que ela não se presta à avaliação da pressão no AD. É incrível a frequência que se encontra VCI dilatada sem variação respiratória e, até mesmo, com sinais de fluxo lento, em indivíduos absolutamente normais. A razão disto é que a VCI é bastante posterior ao AD e com o paciente em decúbito dorsal ela tem que "subir" até entrar no AD; portanto contra a força da gravidade. Quando o paciente está em decúbito lateral esquerdo e portanto com a veia cava "descendo" para o átrio ela que estava antes dilatada em decúbito dorsal, imediatamente se afina e apresenta variação respiratória. Outro dado importante é que os trabalhos apresentam correlação e não concordância que é o que interessa (necessário gráficos de Bland-Altman para isto). Tem correlação? Natural que tem, admirar seria caso não houvesse, mas há diversas variáveis além de apenas a relação com a pressão no AD. Não é possível com medidas como diâmetro e variação de diâmetro obter concordância em medida de pressão! No máximo pode-se obter pressão com gradientes, já que nada mais é que diferença de pressão. Para a avaliação da pressão no AD utilizo de um método ainda não descrito (atenção: quem tiver possibilidade de realizar eco e cat direito simultâneos ou quase pode entrar em contato comigo e fazer um trabalho inédito, dou a dica...) Este método também já foi explicado na Educação Continuada (www.curso-ecocardiografia.com.br) sendo bastante simples. Utiliza a regurgitação pulmonar para avaliar a pressão diastólica final do VD e portanto um valor de pressão atrial direita mais perto do momento sistólico necessário para a avaliação da PSAP pelo gradiente da regurgitação tricúspide.

Um comentário:

  1. Basta fazer exames sempre olhando a veia cava para notar que ela não se presta à avaliação da pressão no AD. É incrível a frequência que se encontra VCI dilatada sem variação respiratória e, até mesmo, com sinais de fluxo lento, em indivíduos absolutamente normais. A razão disto é que a VCI é bastante posterior ao AD e com o paciente em decúbito dorsal ela tem que "subir" até entrar no AD; portanto contra a força da gravidade. Quando o paciente está em decúbito lateral esquerdo e portanto com a veia cava "descendo" para o átrio ela que estava antes dilatada em decúbito dorsal, imediatamente se afina e apresenta variação respiratória. Outro dado importante é que os trabalhos apresentam correlação e não concordância que é o que interessa (necessário gráficos de Bland-Altman para isto). Tem correlação? Natural que tem, admirar seria caso não houvesse, mas há diversas variáveis além de apenas a relação com a pressão no AD. Não é possível com medidas como diâmetro e variação de diâmetro obter concordância em medida de pressão! No máximo pode-se obter pressão com gradientes, já que nada mais é que diferença de pressão. Para a avaliação da pressão no AD utilizo de um método ainda não descrito (atenção: quem tiver possibilidade de realizar eco e cat direito simultâneos ou quase pode entrar em contato comigo e fazer um trabalho inédito, dou a dica...) Este método também já foi explicado na Educação Continuada (www.curso-ecocardiografia.com.br) sendo bastante simples. Utiliza a regurgitação pulmonar para avaliar a pressão diastólica final do VD e portanto um valor de pressão atrial direita mais perto do momento sistólico necessário para a avaliação da PSAP pelo gradiente da regurgitação tricúspide.

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