quarta-feira, março 14, 2012

Prova do título 2012: Jorge, onde está você?



Cena:
Candidatos entram na sala em fila para ocupar as cadeiras separadas.
São homens e mulheres entre 26 e 50 anos. A maioria casada, com filhos.
Alguns têm filhos já na faculdade.
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- É proibido o uso de celulares e calculadoras. Grita o fiscal(Médico ecocardiografista).
- Todos os celulares serão colocados em um saco plástico e caso ainda toquem, as baterias serão retiradas! Grita novamente o fiscal que anda nervosamente pela sala.
- Essa calculadora é simples? Pergunta o fiscal ao segurar e virar de lado a calculadora de 1,99 que um candidato levou.
- O tempo não será estendido! As imagens não serão repetidas além do combinado.
O clima de tensão e ansiedade só piora.
Nenhum gesto de simpatia, nenhuma cordialidade...
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Pausa.
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Os candidatos acima são médicos.
Alguns têm mais de 10 anos de formados.
São cardiologistas.
Querem ser reconhecidos como ecocardiografistas.
Querem e merecem ser respeitados.
E estão realizando a prova de vídeo.
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Para os mais jovens, com o tratamento recebido nas provas de residência e na própria residência, ser maltratado não é novidade.
Nem chegam a perceber.
Mas alguém de 40 ou 50 anos foi criado em outra época.
E percebe quando é tratado como um colegial.
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(Cena descrita após relato de participantes da prova enviados ao blog, que foram aprovados )

2 comentários:

  1. Anônimo3:04 PM

    Em resumo: A sindrome de pequeno poder. Dá-se poder a quem não sabe usá-lo e acaba ocorrendo este tipo de situação lastimável. Resta saber se isto é o pensamento e atitude de um apenas ou do DIC como um todo, até porque, quem aplica a prova representa a sociedade naquela situação!
    Fiquemos de olho e exijamos nossos direitos de associados!

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  2. Anônimo2:31 PM

    Provas que não testam conhecimento, cheias de armadilhas. Imagens de má qualidade exibidas rapidamente. Autoritarismo desnecessário. Esta situação lastimável lembra os colégios medievais. Parece que os examinadores de turno se esqueceram que estão tratando com colegas, alguns até mais qualificados do que eles. Será esse o pensamento do DIC?

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